segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Amor Insuperável

Postagem solicitada pela srta. Amarilze (Psicologia, Matriz)

Ele veio à luz numa noite quase fria e para aquecê-lO, serviram-se os pais de palhas e feno, destinadas aos animais do local onde se abrigavam.
Teve Sua vida ameaçada, desde os meses primeiros, por quem temia se ver destituído do trono das vaidades.
Vagou por terras estrangeiras, retornando à cidade de Seus pais, para crescer em graça e vitalidade.
O clima político era de intranquilidade. O povo a que pertencia era escravo de nação arbitrária e dominadora.
O governo estava centrado no acúmulo das  riquezas e na manutenção do poder pela força, desde que lhe faleciam razões outras.
Toda vez que lhe mencionariam o nome, ao longo dos séculos que viriam empós, seria lembrado como Aquele que viera de cidade das menos expressivas de Sua nação.
Seu pai não detinha projeção social. Era carpinteiro e cedo, Suas mãos longas e finas passaram a modelar a madeira.
Quando o tempo se fez próprio, fez-Se conhecer dos homens, servindo-Se de frases ditas muitos séculos antes de Sua vinda.
Frases de conhecimento popular, repetidas de geração a geração, em cânticos de esperança.
Mas aqueles mesmos para quem viera, não O reconheceram. Esperavam alguém cheio de pompa e Ele fez-Se pequeno, para amar e servir aos homens.
Acusaram-nO de crime de sacrilégio porque ousou afirmar a Sua filiação Divina, desvelando-nos o Pai de todos nós.
Chamou os que O seguiam de amigos, patenteando que a amizade é dos mais puros sentimentos.
Afirmou que Se ofereceria em holocausto, no momento oportuno e que, pelos Seus amigos, daria a própria vida.
Lecionou a alegria, fazendo-Se presente em momentos de importância da vida de parentes e pessoas que desejavam com Ele partilhar o pão, a mesa, a amizade.
Abençoou com Sua presença um casamento, assinalando a importância da família.
Chamou a Si os pequenos, afirmando da importância do período infantil e, educador excepcional, disse das graves responsabilidades de se bem conduzir essa quadra da vida.
Esteve com os jovens e, idealista, convidou-os para O seguirem, a fim de que tivessem a sua juventude abençoada pelo amor imperecível.
Fez da natureza Seu templo e Sua escola, chamando a atenção dos que O ouviam para as coisas pequeninas.
O grão de mostarda, a figueira improdutiva, a sega no momento apropriado, a periodicidade das estações, uma folha de árvore.
Ensinou a nobreza no sacrifício por amor à verdade. Com Seu sangue regou o ânimo dos que Se lhe tornariam seguidores, no transcorrer dos evos.
Retornando do país do Além, Ele que fora abandonado, traído, apresentou-Se para consolar os amigos.
Atestou a Imortalidade com a Sua presença, permitindo-Se tocar, apalpar.
Conhecedor das necessidades humanas masi primárias, não Se pejou em preparar, na praia, o fogo, oferecendo aos amigos pescadores, o alimento, em Seu retorno das lides.
Foi filho amoroso, amigo incondicional, servidor da Humanidade.
Nada exigiu. Exemplificou a perfeição e, num convite veemente, estabeleceu que quem O desejasse imitar, bastava tomar de Sua cruz e segui-lO.
O que Ele fazia, todos podiam realizar.
Não prometeu recursos amoedados ou situações de privilégio. Ele era o Modelo e Guia, sem sequer possuir uma pedra para repousar a cabeça.
Não era excepcional, afirmava. Filho do Pai Excelso, comungando de Sua vontade, revelou-nos a nossa filiação Divina.
E no Seu testamento de amor afirmou que somos os herdeiros das estrelas, os senhores dos astros, viajores do Universo.
Chamam-no Nazareno, Amigo Celeste, Galileu, filho de Deus.
Não importa. Ele é Jesus, o amor  insuperável. Nosso Mestre, Amigo, Irmão.

Redação do Momento Espírita. Em 13.12.2011.

Viagens pelo Brasil

Postagem solicitada pelo sr. Acir (Frota), Matriz

Registros de viagens, do motorista Edilson Eloir.







Consumismo: Expressão da Compulsividade Moderna

Postagem solicitada pela srta. Amarilze (Psicologia, Matriz)

Uma reflexão sobre a necessidade do TER, que tantas vezes supera a do SER.

É impressionante perceber o quanto as pessoas estão consumistas. Comprar, comprar, comprar; ter, ter, ter. Esses parecem ser os maiores objetivos da maioria dos cidadãos, que vem nas coisas um sinônimo de sucesso.

Porém, tão fácil quanto percebemos esse comportamento consumista é criticá-lo de forma simplista. E, neste aspecto, é importante analisarmos ao menos dois pontos.  Primeiro: uma autocrítica sincera. Será que, mesmo criticando, não adotamos comportamentos igualmente consumistas, comprando coisas de que não precisamos, trocando compulsivamente de celular, de carro, acumulando roupas e calçados? Segundo: ao invés de apenas combatermos as conseqüências desse consumismo todo – criticando as pessoas, boicotando uma ou outra compra, por exemplo – é imperativo se pensar  os motivos dessa busca desenfreada pelo ter.

O fato é que o consumismo é apenas uma das formas de expressão das tantas compulsividades modernas.  No mundo competitivo em que vivemos, somos impelidos a viver de aparências. É a sociedade  da imagem – julgamos e somos julgados pelas aparências. Para aparentar ser mais é preciso mostrar mais. Por isso as pessoas sentem quase que uma necessidade de falar mais alto, exibir seus carros e objetos, contar para todo mundo o sucesso em novas aquisições. É o mesmo comportamento compulsivo que leva, por exemplo, ao consumo exagerado de drogas, álcool, alimentos...

O psicanalista Márcio Quilli lembra que a solidão é um dos mais fortes estímulos ao consumismo desenfreado. Segundo ele, as pessoas que se sentem só, buscam no consumo o preenchimento de uma lacuna interior, como uma substituição da convivência com seus pares. E, como a solidão é outra característica marcante da comtemporaneidade, é de se crer que os sintomas se somam em uma equação sempre crescente.

O curioso é que essa vontade crescente de consumir parece surgir cada vez mais cedo. Crianças pequenas exigem roupas de marca, telefones celulares, brinquedos high tech. Mas... Será correto dizermos que esse desejo “surge” nas crianças? Será que o desejo aparece do nada? Claro que não! A criança é moldada a todo tempo pela sociedade que a cerca – especialmente pelas pessoas que lhe são mais próximas. Crianças competem na escola para ver quem tem os brinquedos e aparelhos mais modernos e caros. Mas será que essa é a única fonte geradora do impulso consumista nos pequenos? Mais uma vez, a resposta é não! O papel dos pais e familiares na formação desse desejo pelo consumo é determinante.

Pais e mães atarefados e oprimidos pelas pressões do mundo do trabalho costumam tentar compensar sua ausência junto às crianças exagerando nos presentes. E isso não acontece apenas nas classes mais abastadas financeiramente. É comum ver pais sacrificando as economias da família, abrindo mão até de qualidade de vida, para proporcionar pequenos luxos aos filhos, como se isso compensasse a ausência física.

Psicóloga Joslaine Maria Werner Paitinger